todas as imagens são da minha autoria, excepto quando indicado ♦
domingo, agosto 26, 2001
ainda em ny, mas nao por muito mais tempo. estou no jfk, numa maquineta estranha que da quartos de hora de internet a borla.
a maratona lomografica ontem foi uma delicia. obrigou-me a percorrer de novo a cidade de alto a baixo, e ainda me fez passar por sitios que nao conhecia.
a cooper union estava fechada, mas por aqui nunca faltam alternativas.
regresso ao soHo e a chinatown durante a tarde de ontem. exp. da louise bourgeois (com artista japonesa para mim desconhecida e desinteressante) seguida de ras e tartarugas, vivas e freneticas, a espera de serem servidas ao jantar. incrivel sucursal da pearl river (melhor das melhores lojas chinesas) e vegetable dumplings soup @ mee's.
o tempo esta bom outra vez. a luz parece ideal para os Lomographic Sampling Games 2001 que vao ocupar a minha ultima tarde na grande maca (com cedilha e til, entenda-se).
maçaneta de vidro desaparafusada de porta abandonada graças ao pronto auxílio de trolha hispânico ("need a screwdriver?")
jersey city, near montgomery st.
lixo do dia (não apanhado):
parte de cima de máquina de flippers dos early eighties em madeira com super heroína da selva pintada a vermelho e laranja (na horizontal daria uma coffee-table ultra fixe).
o tonic é um sítio bestial. calmo, amplo e escuro que chegue, ar condicionado (claro), e boa música (ao vivo). duas cervejas e dois desenhos com o meu pincel japonês da kinokuniya.
na porta ao lado, uma livraria-discoteca underground. sigam o linque.
passei a manhã a empacotar a minha tralha. consegui pôr tudo nas malas que trazia, mas se não tivesse ajuda para chegar ao aeroporto estava bem tramada com o peso e o volume da bagagem. já estava afeiçoada ao meu quartinho de jersey city com vista de esguelha para manhattan. restam-me a noite de hoje (devo ir ao tonic, de que muito tenho ouvido falar), sexta, sábado e a manhã de domingo. ando pelas ruas estilo esponja, a absorver tudo o que me rodeia. ny agora é uma espécie de tatuagem. já não me sai da pele, mesmo que a lusa pasmaceira consiga turvar-me a memória.
sobre os umbigos, o melhor é perguntarem ao jorge. as minhas colegas japonesas divertiram-se à farta com esta totalmente inesperada sessão fotográfica.
à noite: jantar no restaurante chinês que o a. ginsberg frequentava (aqui) e novo passeio pela east village.
basket full o'jazz:
avenue A, velhota negra de vestido azul empurra um carrinho de compras (ou de ir à lavandaria). dentro do carrinho há um cesto, dentro do cesto, um leitor de k7 e, dentro deste, blues.
estou aqui (na biblioteca da minha escolinha) e sigo para um dos cafés mais simpáticos das redondezas, o PUSH café, na esquina da 23rd st. com a 3rd av.
segunda-feira, e de novo na escola. muito ensonada para escrever grande coisa. ontem à noite dei conta da incrível quantidade de tralha que acumulei nestes quase dois meses. o fim-de-semana indiano terminou com a indian parade, madison avenue abaixo, menos animada (e mais pobre) que a dominican parade no domingo passado, tão despropositada como qualquer outra, mas divertida que chegue e muito mais perfumada.
a 'loja' em que estive no sábado é uma das coisas mais extraordinárias que vi por estas bandas: aparentemente, um velhote indiano resolveu comprar uma velha tabacaria americana e, em vez de a esvaziar primeiro, empilhou todo o tipo de indian junk que vos passe pela cabeça por cima e em frente do que lá estava antes. o resultado é tal que não há espaço para circular. apenas uma estreita passagem em que é preciso andar de lado e muito devagarinho para não desmoronar a coisa toda. e o mais incrível é que por debaixo do incenso, dos autocolantes, estatuetas, bugigangas, lenços, bandeiras e etc. estão as revistas, cartões de baseball, livros, cigarros, porta-chaves, cadernos e tudo o mais que o antigo dono por lá tinha!
fiquei a saber umas coisas sobre o panteão hindu e comprei um belo retrato da deusa kali, que segundo o dito cujo senhor dono da loja, dá muito boa energia e é adorada pelos americanos, que quando a vêem não hesitam em comprá-la. fui aconselhada a levar o poster a um templo se por acaso me quiser ver livre dele, uma vez que deitar a kali ao lixo não é coisa recomendável. cá está ela, numa versão muito menos bonita do que a minha:
na sexta-feira voltei a baldar-me a (sorry, hoje nao tenho acentos) a aula da queer alabama (alias gae savannah) e fui para o met ver uma serie de coisas que nunca tinha tido sequer tempo de espreitar.
ontem, depois de mais um passeio pela east village (que cada vez mais me parece ser a minha neighbourhood favorita), fiquei a conhecer o melhor de jersey city: o bruno, que como eu e um bridgeandtunneler, sabe onde tomar o pequeno-almoco mais martinparr-esque, onde comprar bandas-sonoras dos fimes de bollywood e descobriu uma incrivel loja indiana cuja descricao so poderei fazer amanha (aos domingos nao tenho net a borla...)
mais uma hora do almoço passada na biblioteca. esta tarde, excursão de grupo ao museu dos indjuns, onde consta que há uma bela exposição de fotografia.
ele há coincidências incríveis: ontem escrevi sobre o leroy da frick collection e hoje apanhei na rua (estou sempre cheia de pena de não poder levar comigo metade da tralha que os novaiorquinos deitam fora todos os dias) o disco (vinyl, 33rpm) do 'fame' e ainda dois outros que só pelas capas valem o trabalho de os carregar o resto do dia.
five brands of cigarettes i've smoked (when i ran out of português suave):
a. marlboro light (the pack fränzi and i bought on the day of the cbgb show. i still hate them, though)
b. djarum (delicious clover-flavoured indonesian)
c. seven stars (japanese and strong with nice name and package)
d. timeless time (korean ultra-lights. a gift from woo jung)
e. lucky strike (no filter. i'm collecting the little blue indians ;-)
a. white man shaving while walking along 23rd street
b. black babygirl in a stroller carrying purple shaggy babysize sofa
c. green fat living frogs waiting to be bought and eaten in chinatown
d. chico's wall paintings in east village
e. fish shaped snacks spilled on wet grey sidewalk in jersey city
wednesday is 'computer writing lab' day (and it is also the village voice day and tony day). christine (the teacher) is asking us to 'make a list of 5 things', so here it goes:
five things i want to do before i leave ny
a. loose my passport again so that i cannot leave ny
b. have another 'pierogies' dinner with bruno
c. work on this collage i have been planning to make for the last couple of weeks
d. buy my sister a special gift
e. thank jorge.
...apesar de já ter sido há umas boas semanas, aqui fica o endereço do sítio onde passei uma das noites mais divertidas da temporada. diz-me o meu guia espiritual (e social) que foi no cbgb que ramones, cabeças falantes e outros começaram as suas carreiras, e eu acredito. no dia em que lá estive houve giant pretzels a voar e outras inesperadas surpresas. o pretexto da festa era o lançamento não dos pretzels mas deste livro de comics:
isto é o que acontece às meninas que passeiam sozinhas nos museus e dão o endereço de email a desconhecidos (neste caso um guarda com nome e aspecto de personagem do "fame") para evitar dar o número de telefone:
"hi this is leroy from the Frick Collection. what s up. i was just thinking about you so i thought i would say hello. can you give me a call later and we could talk. i get off work at eight thirty. have a good day i'll talk to you later. bye"
todos os dias descubro um novo sítio onde me apetece voltar. ontem à noite revi os "400 blows", que é como quem diz "les 400 coups" (com subtitles em americano) num bar com sala de cinema na east village chamado cinema classics.
ainda no new museum, fiz uma das melhores compras da temporada: um livro chamado "the good citizen's handbook" e que é uma colectânea de "civics texts, citizenships manuals, government pamphlets, and scouting manuals from the 1920s to 1960s". depois de o ler fiquei a perceber melhor algumas coisas que por aqui se passam. eis alguns exemplos:
"the good citizen has a proper respect for the law and obeys it. this is not because of a fear of what may happen to him if he breaks the law, but because he desires to do what is for the greatest good of all."
"tips to ensure that work does not dominate your life:
read (a lot)
take time each day to exercise, or join a sports team
each week see at least one movie
try a new recipe
join a community organization"
"spiritual values:
devotion to a religious faith helps keep a person mentally healthy. everyone needs the strength that comes from knowing that there is an order - and a power for good - in the universe, and that each of us has a place and purpose in the scheme of things."
no new museum, ontem, uma retrospectiva do sul-africano e para mim desconhecido william kentridge. gravuras (ponta seca, água forte, água tinta e etc., entre as quais acho que se destaca uma série de 8 etchings chamada 'ubu tells the truth") desenhos enormes a carvão e pastel e, sobretudo, as animações feitas a partir destes desenhos, por vezes montadas em móveis e apresentadas como 'installations'. a minha preferida chama-se "medicine chest".
acabo de descobrir outra lusofalante bloggista em novaiorque, ora vejam. ainda não li nada, mas acho que vou passar os olhos por lá mais daqui a bocado, porque hoje tenho imenso tempo para estar na biblioteca e os computadores já funcionam.
chove de novo. continuo a nao usar guarda-chuva. tarde de ontem no metropolitan: desenhar no museu, especialmente a um sabado, nao e facil. sobretudo porque qualquer coisa a ser desenhada por qualquer pessoa atrai logo dez vezes mais turistas. exposicao temporaria de pintura com um vuillard que tambem entra para o meu top ten ("le foyer") e uma menina do balthus (em pe, de lado, a segurar o cabelo) pendurada ao lado dos menos conhecidos.
hoje os dominicanos estao em festa. andam a desfilar sexta avenida abaixo, cheios de bandeiras e colares, e vestidos de azul, vermelho e branco.
(aqui no easyEverything estao sempre a passar musicas antigas da sade)
sigo brodway abaixo, em direccao ao new museum, que e la para baixo mesmo no principio do soHo.
hoje pode-se andar na rua sem perigo de desmaio iminente. nao esta frio nem calor, apenas humido. vou subir de novo (aos fins de semana dou sempre por mim no upper east side), desta vez ate ao MET a ver se faco uns desenhitos. passo tanto tempo a olhar para as coisas e para as pessoas (e olhar para as pessoas e o mesmo que ter um carimbo na testa a dizer 'sou hispanica') que nao tenho desenhado muito.
na frick collection estava uma exposicao temporaria daquilo que por ca se chamam "master drawings", quase tao boa como a da morgan library. entre outros igualmente memoraveis (os nomes dos naoseiquantellos e naoseiquantottis dos seculos XVI-XVII nao consigo nunca fixa-los), dois desenhos enormes do van gogh, um tambem gigante crisantemo do mondrian e um desenho de um senhor ilustrador, cujo trabalho me foi recentemente apresentado, chamado aubrey beardsley.
outra exposicao temporaria no mesmo museu, com o picasso mais bonito que vi ate hoje (menino azul com cachimbo) e outras preciosidades.
e ainda a coleccao propriamente dita (os rembrandts e os vermeers tem mesmo de ser vistos ao vivo!).
ontem o ceu ficou tao escuro que parecia noite. escuro, quente, humido e pegajoso. sentei-me nas escadinhas de uma das igrejas da quinta avenida, a espera da chuva (e incrivel ver cair as primeiras pingas de chuva em dias como este). em nova iorque tambem ha malucos. acendi um precioso lucky strike e eis que alguem se aproxima (negro, vinte e tais, de aspecto bastante neutro mas despenteado). senta-se ao meu lado (e eu a ver que me ia cravar um cigarro), acende o que pareceu ser uma beata, vira-se para mim, espetanto um dedo da mao direita no braco esquerdo e pergunta com a voz demasiado arrastada "have you ever tried intra-...?".
vai dai, fui ver a chuva debaixo dos toldos do louis vuitton.
de novo num wintel e a pagar (i'm cutting gae savannah's class again). hoje esta tao quente como ontem, mas muito muito mais humido. consta que vai chover, mas aqui com o tempo e como com as abelhas do joanica puff. tive de dormir com o ar condicionado no maximo. devo recuperar finalmente o meu passaporte. e como confirmar o regresso a portugal. tomara que o consulado esteja fechado. a seguir subo ate a 70, pela beira do central park, para visitar finalmente a frick collection, qual boa turista que ainda sou.
my fortune cookie said "now is the time to try something new".
cantiguinha chinesa estampada no embrulho de uns pauzinhos:
"two little sticks
they're made out of wood
and they help you
to pick up your lunch
your lunch
and if you practice
then you'd get good
and you'll find you can pick up
a bunch to munch
eat noodles with chopsticks
eat dumplings with chopsticks
eat suchi with chopsticks
that's fish!
don't eat soup with your chopsticks
that's no good with chopsticks
and jello with slide off
your dish
i eat with chopsticks
can you eat with chopsticks
doctor told us
be intell eat by using chopsticks
lots of people use chopsticks
so try eat your chopsticks
right now!"
esta esta a ser a semana mais quente do ano, e hoje consta que e o dia mais quente dos ultimos anos. escrevo sem acentos porque estou num computador dos outros. e por causa de um computador dos outros, onde alguem resolveu abrir um attachment *.exe, toda a rede da minha escolinha foi infectada por aquele virus que por ai anda, de modo que nao ha internet para ninguem.
agora que comeco a orientar-me, agora que o meu ingles esta de facto menos perro, a partida comeca a parecer demasiado proxima. e se eu perdesse o aviao?
ok, hoje tenho mais tempo para escrever e alguma vontade de exercitar verbalmente o luso idioma.
ontem: muggy sticky weather insuportavelmente quente.
'philadelphia story' at dusk no bryant park (inevitável imigrês). cheguei a tempo de reservar um último retalho de relva, estendi o meu lençol anil e esperei pelo pôr do sol e pela minha companhia, acompanhada pelo malcom lowry e o stevie wonder (que não partilham mais do que a nacionalidade).
o pessoal salta e dança quando um spot publicitário anuncia no écran o início do filme. uma enorme salva de palmas responde à voz (off) que nos informa de que a katherine hepburn saiu do hospital.
mais precisamente, cruzamento da sexta avenida (ou avenida das américas) com a rua 23: uma bela surpresa: um mercado de rua pela sexta avenida abaixo: tudo o que aqui se vende é tipicamente novaiorquino: louça japonesa para sushi e sake, roupas estilo étnico de todas as cores (muito roxo, laranja e azul turquesa), falafel, chicken on pita, giant pretzels, massagens orientais (fui cobaia de uma free demo), bancas de quinquilharia para todos os usos, etc., etc. e, para minha agradabilíssima surpresa, lençóis! dezenas de hispânicos a vender lençóis de algodão, de tamanhos e padrões variados, a $10 o conjunto higienicamente empacotado com fronhas incluídas. sim, nova iorque, the big apple, e a coisa mais importante que encontrei (e comprei) no primeiro dia foi um par de lençóis (um anil e outro roxo, com uma fronha cor de rosa e outra azul).
nos metros seguintes sou abordada por um novaiorquino branco (25-30 anos) que me pergunta se sou europeia (devo andar com isso escrito na cor da pele, porque constatei que há muitas novaiorquinas vestidas como eu). trocámos emails depois de eu recusar julgo que educadamente um "have you had lunch yet?" e comecei o meu passeio quinta avenida acima.
¶ paragens (entre outras):
loja de computadores (à procura de cds da AOL para a hipotética ligação à internet: não há ("are you from europe? oh, portugal! spain! we have a lot of spanish football players, do you like football?"), mas indicam-me o sítio apropriado, a um quarteirão de distância. pergunto se os cds se pagam ("well, for you, cause your beautiful, they'll probably charge you $5"). encontro o sítio. trago dois cds. de borla.
o jardim do museu (onde esperava descansar um bocadinho) está em obras. os inacreditáveis "highlights" e a exposição do Mies Van der Rohe, onde tenho a sorte de apanhar uma visita guiada por uma novaiorquina branca e rica absolutamente novaiorquina branca e rica, que ainda por cima parecia perceber bastante do assunto.
soltas:
¶ os americanos seguram nas coisas de maneira diferente. usam a mão toda. é vê-los a escrever: pegam nas canetas como nós aos quatro anos e escrevem como nós aos sete. bem, os americanos chegaram à lua e nós fazemos poesia.
¶ no foodmart international ("a world of savings"), o hipermercado praticamente ao virar da esquina, há pão quase verdadeiro. marca: ferreira's. os produtos estão etnicamente divididos, com excepção dos artigos de higiene e pouco mais: corredor oriental, corredor indiano e, entre outras (que incluem a impressionante peixaria chinesa - aquários estilo oceanário cheios de peixes vivos e uns senhores de olhos em bico com grandes cutelos prontos a pescá-los), a secção de "products from spain" (não esquecer que newark é quase aqui ao lado), onde se encontra galo olive oil e castelo water, para não falar (e isto é que foi a minha delícia) dos sabonetes achilles de brito. acho que com excepção do 'cão e gato' estavam lá todos, feitos lá para as bandas de braga e aqui dez vezes mais caros.
repesco memórias esquecidas numa zip (foi dura a chegada a JC):
¶ o maior choque foi mesmo a chegada. não ao aeroporto, onde fui seleccionada para um luggage check que me deixou estupidamente nervosa, nem mesmo com a dificuldade do taxista (um negro enorme e gordíssimo, igual a tantos outros que por aqui vivem) em encontrar o meu destino, e isto apesar do bendito mapa que me lembrei de imprimir em casa com todas as indicações de auto-estradas, estradas, ruas e ruelas para aqui chegar. foi mesmo com o "quarto", que afinal é uma casa. um apartamento, entre milhares de outros apartamentos divididos por dois sky-scrapers de tijolo vermelho chamados James Madison e Thomas Jefferson. uma cozinha, com frigorífico e fogão e mais nada (nada!, nem um garfo nem um copo nem uma vassoura para amostra), uma sala (mesa e espécie de maple imprestável de tão partido), três quartos bastante idênticos e sem luz (cama de solteiro, secretária mínima e cadeira, mais cómoda de gavetas partidas e roupeiro sem cabides) e duas casas de banho (uma com banheira sem chuveiro e outra ao contrário).
quem me conduziu a tão desolados aposentos foi um americano, o RA (resident assistant) de serviço. um inexpressivo chris de boné e barbicha (19-25 anos), que me disse depois de alguma insistência como chegar daqui à cidade propriamente dita e voltar, ao supermercado e ao centro comercial (onde ainda não fui). informações sobre a localização do curso (a school of visual arts tem uma meia dúzia de edifícios, não muito próximos uns dos outros) ou sobre os meus eventuais colegas não tinha, mas prometeu investigar.
depois de um primeiro ataque de pânico, combatido com uma collect call, uma investida ao supermercado (papel higiénico, maçãs e iogurte) e um duche resolvi bater à porta deste mesmo chris (que mora um andar acima) para lhe pedir que me deixasse ver o email no computador dele, visto não haver nenhum outro meio de o fazer deste lado do hudson. passámos por três couch potatoes cujos nomes não recordo ("we mostly sit around at home and do nothing, when we're not at work") e instalei-me em frente a um monitor a dizer AOL (bendita tecnologia) durante uns dez minutos.